A lista segue com coisas que não somos obrigados a ter, a ser, a gostar, a sentir: casar, ter filhos, amar bicicletas, fazer compras em Miami, ser extrovertido, entender de vinho, gostar de samba, praia, viajar, nem de comer ou fazer sexo, conhecer bandas de garagem, clássicos, filmes do Oscar e por aí vai. (What's new about that, right?). Nada.
'Na busca da vida dentro da vida está o impulso mais forte de todo TDA. Pra eles, tudo é MUITO. Muita dor, muita alegria, muito prazer, muita fé, muito desespero.' - (Mentes Inquietas) Quando não cabemos mais em nós mesmos, parte de nós tem de vir pra fora. Assim nasceu o blog. Bem vindo a todos que, em algum momento - ou em muitos - não couberam mais dentro de si mesmos. "Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém." Clarice Lispector.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
"Se for pra ser obrigado, nem feliz você precisa ser"
Estava eu a brisar assistindo a versão Free Bird catastrófica em Elizabethtown, quando me deparei com a postagem de uma amiga, de um texto pequeno, de autor que desconheço, sobre "não ser obrigado a nada".
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Das sensações.
É a palavra falada, e o sorriso expresso. Ou o choro talvez, por que não? São os passos dados com solado de madeira, e o putz putz vol master no mp3. É a porta que bate logo atrás, do carro, do escritório, do quarto, a louça na pia, o xingo no trânsito. É o telefone que toca, é a folha do livro que vira, é o assovio do celular, é o caminhão que passa ou o avião que decola. São as unhas batendo na mesa ou a caneta arranhando o papel, a Tv ligada, o rádio ligado, o som do carro ligado, o universo das noticias de todas as coisas ligado. É a urgência das coisas urgentes...
Essas coisas vieram com as notas do piano, se misturaram em um (meu) silêncio particular.
É quando algo toca na gente. uma mão que segura nosso braço... e tudo vira uma espécie de surdez seletiva, algo como a descrição que Ludovico Einaudi deu de Una Mattina:
"It speaks about me now, my life, the things around me... the orange kilim carpet that brightens up the living room, the clouds sailing slowly across the sky, the sunlight coming through the window, the music I listen to, the books I read and those I don't read, my memories, my friends and the people I love."
Essas coisas vieram com as notas do piano, se misturaram em um (meu) silêncio particular.
Uma música tocou em mim hoje e me segurou pelo braço.
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