segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

"Se for pra ser obrigado, nem feliz você precisa ser"

Estava eu a brisar assistindo a versão Free Bird catastrófica em Elizabethtown, quando me deparei com a postagem de uma amiga, de um texto pequeno, de autor que desconheço, sobre "não ser obrigado a nada". 
A lista segue com coisas que não somos obrigados a ter, a ser, a gostar, a sentir: casar, ter filhos, amar bicicletas, fazer compras em Miami, ser extrovertido, entender de vinho, gostar de samba, praia, viajar, nem de comer ou fazer sexo, conhecer bandas de garagem, clássicos, filmes do Oscar e por aí vai. (What's new about that, right?). Nada.

Ainda assim pensei: When something really dãr! makes A HELL OUT OF sense...


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Das sensações.

É a palavra falada, e o sorriso expresso. Ou o choro talvez, por que não? São os passos dados com solado de madeira, e o putz putz vol master no mp3. É a porta que bate logo atrás, do carro, do escritório, do quarto, a louça na pia, o xingo no trânsito. É o telefone que toca, é a folha do livro que vira, é o assovio do celular, é o caminhão que passa ou o avião que decola. São as unhas batendo na mesa ou a caneta arranhando o papel, a Tv ligada, o rádio ligado, o som do carro ligado, o universo das noticias de todas as coisas ligado. É a urgência das coisas urgentes...

É quando algo toca na gente. uma mão que segura nosso braço... e tudo vira uma espécie de surdez seletiva, algo como a descrição que Ludovico Einaudi deu de Una Mattina:

"It speaks about me now, my life, the things around me... the orange kilim carpet that brightens up the living room, the clouds sailing slowly across the sky, the sunlight coming through the window, the music I listen to, the books I read and those I don't read, my memories, my friends and the people I love."

Essas coisas vieram com as notas do piano, se misturaram em um (meu) silêncio particular.
Uma música tocou em mim hoje e me segurou pelo braço.