terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Humor salvador!

Comentei no blog do Alexandre (TDAH-reconstruindo a vida) sobre o excelente senso de humor nos posts dele, em específico o último que li. Falei que o humor salva. Em resposta veio: "Tipo assim, Ana, nós vamos colocando aquelas minas explosivas no caminho que iremos trilhar, como temos péssima memória pisamos em várias delas. Sorria! Amanhã poderá ser pior! kkkkk. Adoro isso, só o humor salva."

Eu estava miseravelmente sentada na cadeira com as costas arqueadas pensando na vida e no azar quando li essa resposta. Dei muita risada, fiquei feliz! Sim! Eu fiquei feliz! É isso mesmo! Sorria! Amanhã poderá ser pior! hahahahhahahha  E é realmente comprovado: quando o humor melhora, tudo melhora, inclusive a postura. Estou sentada como mandam os médicos da coluna. ^^

Nada é ou está irremediavelmente perdido, quando se tem humor. Ele nos tira do mais profundo abismo, da completa falta de esperança. Por que rir da própria desgraça é tão engraçado? Por que rir do que está ruim é tão bom? rs Não sei bem. Talvez o humor nos mostre (dentre tantas outras coisas) que o ruim não é o tão fatalístico ponto final. 
Diante de certos desesperos, o riso é aquele acalentador: vai ficar tudo bem... 






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Ou não!
hauhauhuahuahuhahahauhauhuahuahuhauhauha

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Primeira sessão de terapia.

Em meio a “que fazeres” tive de parar e começar a escrever. Foi um impulso. Hoje, depois de bem mais de um ano, depois de muitas subidas e algumas descidas, em meio a toda a atrapalhação usual, hoje, eu volto pra terapia e não consigo exprimir em palavras a alegria e alívio que isso me dá. E comecei o dia assim, já imaginando por onde começar... O que dizer diante da pergunta que nunca cala: o que a traz aqui?
Sempre soube como responder a essa pergunta e normalmente eram reclamações de meus sintomas esmigalhadores de depressão. Hoje, pela primeira vez, ensaiei muitos meios de dizer, por diferentes prismas e perspectivas o que estaria eu fazendo diante da estranha (e consoladora) pessoa que me faz essa pergunta. E o TDAH é a minha resposta: não sei. Não sei por onde começar, não sei como organizar, não sei como ordenar palavras e nem quais palavras usar. Não sei exatamente.
Foram tantas as coisas que mudaram dentro de mim desde que descobri o que realmente me acontece, desde que descobri a existência de uma coisinha de 4 letras. Além disso, concomitante à minha descoberta, vivi tanta coisa nova, ganhei e perdi, sofri e aprendi tanto... E ao mesmo tempo... tanta coisa ainda é simplesmente a mesma coisa. Como fundir tudo isso pra caber no que é obviamente a resposta à pergunta: o que a traz aqui?
Que coisa de tdah isso... querer juntar um bolo de vida numa única forminha de muffin!

Melhor ir por partes, como diria Jack...


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Adquirindo informações sobre seu funcionamento.

'... a mais importante função do córtex pré-frontal é a integração temporal de ações para o cumprimento de metas.' -Metas? 

"Aqui o verbo integrar tem o significado de incluir, excluir e organizar elementos em um conjunto, formando um todo coerente." HUm... coerente, sim... sim.... entendo...

"O processo neural de integrar as informações ao longo da linha do tempo, por intermédio da ordenação dos cognitos, é a base para a programação temporal das ações." Ações... ações... ações... olha um passarinho!!! :D

"A organização temporal de novas e complexas sequências de comportamento se dá por meio da integração de estímulos externos (sensoriais) e estímulos internos (memórias armazenadas)." Armazenadas/Entulhadas/Queimadas...

"Em outras palavras, a integração temporal nada mais é do que o processamento (análise e síntese) dos estímulos que chegam ao cérebro (tempo presente) e das memórias armazenadas (tempo passado). Em virtude de sua especialização na estruturação temporal de novas e complexas séries de ações direcionadas a objetivos (sob a forma de comportamento, fala ou raciocínio)" - (objetivos demais! ou fala, ou comportamento ou raciocínio!) - ", além da participação na escolha entre as alternativas e nas tomadas de decisão, o córtex pré-frontal pode ser considerado o centro executivo do cérebro (Fuster, 2002)."
Péra... centro, CENTRO executivo do cérebro? Não é exatamente aí que mora o problema?! Bwuahsuhusahuhuashsuahushuahsuhauhauhsuha.  


Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722011000300006

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A vida de trancos e muitos barrancos.

Pensando daqui e dali, num eterno e natural diálogo interno, de quadro mental a quadro mental, a busca por alguma imagem que explique...
Eis uma: minha amiga muito perdida estava dirigindo pra Mairiporã, interior de São Paulo. A cada bifurcação no caminho, surgia implacável o terrível dilema: esquerda? direita? Diminuindo consideravelmente a velocidade, ia invadindo as faixas rumo ao nada, à ponta da bifurcação e de brusco... virava à direita. E assim foi a viagem toda, ora à direita, ora à esquerda, entre buzinas e sustos, um engasgo total até o destino final. Carro bom, motor potente, quando parecia pegar no tranco... sim, o engasgo fatal, quase asfixiante.
Hoje levantei, enchi o tanque de cafeína e o motor começou a roncar.

Mas vem cá gente, quantas bifurcações existem ao longo de nosso dia, pra não dizer da vida, não?

E são esses engasgos, essas pausas, esses momentos eternos de "e agora?", "o que eu ia fazer?", "o que tenho que fazer?", "o que quero fazer?", "o que serei obrigado a fazer?", "ah! o mar..." que jogam nosso veículo barranco abaixo.

A gente sempre sobe... Mas que trabalho dá!