Mas tem dias que não vai, eles se arrastam loucamente e os
pensamentos ficam ali, todos atrapalhadinhos e encavaladinhos em fila (não indiana)
esperando sua vez pra virarem ação.
HÁ! Haha! Hahahahaha!!!
Qual que?! Que ação que nada! Ficam todos lá, pensamentinhos histéricos, um empurrando
o outro, puxando os cabelos, digna briga de divas! O pobre receptáculo
deles, vugo cabeça, fica cansado, depauperado de tanto lero-lero, plumas e lantejoulas e ação
que é bom: NADA.
Respira fundo, faz força, põem as mãos na caxola e...! E?!
A cara do desespero revela: Nada! Nadica de nada!
Corpo estático, parado, como... como uma planta! Isso! Uma
planta seca e esmilinguida! E aí dá uma vontade loÚca de abrir a caixa craniana
e libertar todos os mini-thoughts que habitam myself!
Há esperança, entretanto!
Diz-se que todo TDAH precisa de um ponto, uma estrutura em
que possa fixar seu emaranhadinho de pensamentos descontrolados antes de queimar as nozes.
Quando esse ponto não é um daqueles problemas de ordem
existencial, dramático ou lunático... há que se comemorar!
- Hiperfocoooo!!!
E os pensamentos se ordenam, engrossam a voz, vestem
uniformes de bombeiro e descem pela escada de incêndio:
Action!
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