terça-feira, 13 de agosto de 2013

Cada escolha, uma desistência.

Sentei aqui e não sei por que cargas d’água resolvi escrever sobre desistência. É, é ela mesma sim.
Nós temos interesses variados e escolhas inexplicáveis do que desejamos aprender, exercer como profissão ou hobby certo? Certo. E não concluímos nenhuma dessas coisas, certo? Certo. E ficamos assim, sendo um pouquinho de cada coisa oou um pouquinho de nada, certo? Não sei.
Digo isso pela minha mais recente façanha. Sim, sim salabim... fui me matricular num curso de modelagem e costura. Não parecia algo pra mim, mas... saber costurar é útil. Imagina poder fazer as próprias roupas e de quebra poder ganhar uns trocados a mais? Fui. Parcelei. Fiz, faltei, me desesperei, não fui mais.
Passeando com minha mãe pelo centro de São Paulo, passamos em frente ao Mosteiro de São Bento, onde me lembrei que yes, Sir! Comecei a cursar latim. Hahahhahh
A cara de surpresa da minha mãe revelou meus contrastantes interesses.
- Você fez latim? Eu nem sabia que você tinha começado latim!
- Sim. Vim, me matriculei, paguei e... desisti.
Explicação: eu cursava História na Universidade e comecei com um interesse especial por História Medieval e latim me seria absolutamente útil. É claro que o tempo passou e finquei meu pé em História Moderna (que até hoje me fascina muitíssimo). Resultado: desisti do latim. Ah! e desisti da faculdade mais tarde também.
Minha mãe se empolgou com a brincadeira de lembrar cursos que tentei fazer e veio com um que eu nem lembrava mais! Era relacionado com literatura e produção de texto. Esse eu nem sequer cheguei a ir, porque a inscrição dele foi beeeem longe do início do curso e obviamente meu interesse mudou de foco nesse meio tempo.
- Ah! Ana... e também tem aquele de Inglês que você mais faltou do que foi, descobriu que era prova final no dia da prova final e não concluiu os outros dois módulos.
- Mas esse eu avisei que ia fazer um módulo só, né mãe!

Existe, claro, outras coisas por aí e nem sempre a não conclusão de algo tem que ver somente com a simples troca de interesses. Muita coisa e muita confusão rola junto.
Por um instante penso se devo publicar isso no blog. Sei que já falei de desistências antes, mas escrevendo e relendo, me dá bastante vergonha. E isso porque não falei do profissional hein! Rs Parece até piada.
Enfim... estou publicando esse texto aqui porque sei que esse assunto dá vergonha. Sei que dá frustração. Sei que dá tristeza. Sei que dá raiva. Sei que tentamos fazer diferente. E sei que esta é uma das mais marcantes características do tdah. 

E finalmente... pra aquela pergunta do começo que ficou com “não sei” de resposta, vou arriscar meu lado otimista: um pouquinho de cada coisa...

4 comentários:

  1. KKKKKKKKKKKKKK
    Ai, ai, Ana, acabei de me lembrar que também me matriculei, paguei e só fiz uma aula de latim no tempo que eu estudava Direito (que não concluí).
    Minha mãe outro dia me deu uma carteira de estudante de uma escola que eu não me lembro de haver estudado lá. kkkkkk
    Imagina,eu sequer me recordo de haver estudado naquela escola o que dirá do curso que fiz( e devo ter desistido) ali.
    Parabéns, uma delícia de post.
    Abração
    Alexandre

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    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      Incrível como memória de mãe funciona pra certas coisas né?
      Comecei a usar a minha como pen drive! uahuahuah
      E sim, tem coisas que a gente não lembra, mas o "devo ter desistido" sempre aparece. rsss
      Abração!

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  2. Ai Ana, estou cansada de verdade, mui frustrada com esse começos sem fim, e todos os novos interesses que surgem na minha mente, e tudo vai ficando pelo meio, qdo chega no meio....e vou vendo a vida passar e não consigo acompanhar...pq a toda hora estou recomeçando algo que NAO vou não dar prosseguimento...estou muito muito triste com esse TDAH

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    1. ôoo Renata...
      Sinto realmente na pele essa angústia. E eu, como você, também me sinto compelida à usar letras garrafais quando digo que NÃO consigo terminar nada. rs
      Mas... seguinte: a luta continua! E dessa a gente NÃO desiste nunca!!!! rs NÃO nos pegarão sem luta, jamais!
      ;)
      Grande abraço e se precisar de qualquer desabafo... aqui é campo aberto sempre!
      Ana.

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