Ontem adiei lavar o WC. Por quê? Porque aqui em casa a
vassoura de piaçava que tinha dobrou o cabo da boa esperança. Literalmente. Aí,
tenho que comprar, mas passa um dia, estou sem grana (começo a pensar que a
vassoura vai custar os olhos da cara e hoje vi que eram 6 reais), e a postergação
surgiu.
Hoje fui comprar a bendita e lavei o WC. Na empolgação,
por que não dar um jeito em outras partes da casa que também precisavam de uma
atençãozinha?
A feira surge:
As portas, dobradiças, em cima e em baixo. Não. Que adianta
limpar as portas se os cômodos são mais importantes. Cômodos, qual cômodo
primeiro? O quarto. Que parte primeiro? As prateleiras? O armário? (Onde colocar as
roupas que estão pegando umidade do lado esquerdo do guarda-roupa? Não, não. A
cozinha. Era bom lavar e limpar todos os azulejos, mas não vai dar tempo de
fazer isso hoje. E esse chão trincado? Precisava de conserto, meu Deus. E as
paredes do quarto precisam de pintura e o guarda-roupas está caindo de velho,
abarrotado de coisas da década de 70 do século 19. A caixa do papel higiênico
também precisa de conserto. O vidro da janela do banheiro precisa ser trocado, o
piso tem falhas em todos os cômodos, o microondas está na mesa desde que foi
comprado, esperando por alguém colocá-lo num suporte de parede. Falando em
ondas, fui eu secar o cabelo outro dia e qual não é a surpresa de que as tomadas
também estão apresentando problemas. As coitadas realmente precisavam ser
trocadas, a fiação enfim. A impressão que tenho é que a casa em que nasci ficou
abandonada no correr dos anos, vítima de uma postergação infinita e daqueles
remendos que se dá com a desculpa de que é só pra “quebrar um galho” até o
conserto definitivo. Meu pai, por exemplo, resolve praticamente qualquer
problema com cola quente. Tudo o que cai ou racha ou quebra, é cola quente! O “depois
eu vejo” torna-se nunca.
Por que será que o desinteresse chega a esse ponto? A cabeça
pousa (só pousa) nas coisas que temos de fazer, mas que parecem sempre secundárias
diante de novas coisas, novos projetos, novas idéias, novas, novos, novas, aff!
E a casa e a vida vão ficando assim: pra depois. As coisas
se acumulam e quando vejo... quantas coisas pra consertar, quantas coisas pra
arrumar. A eterna pergunta: por onde começar? Como disse um camarada no vídeo sobre
o 1º Fórum de portadores de TDAH, existe um “ninho de gralhas na cabeça”. Achei
a expressão mui exata!
Mas e aí? Cozinha? Quarto? Sala? Profissional? Social? Emocional?
Quais buracos tapar primeiro?
(Lembrando que os da vida não
aceitam cola quente.)
Impossível fazer tudo ao mesmo tempo, apesar de reconhecer que quando a gente começa dá aquela sensação de que era mais fácil do que parecia, e aí surge a vontade de focar e continuar fazendo até essa força de vontade (que raramente aparece) esvair-se.
ResponderExcluirFaz uma lista e vai resolvendo um por um. Não dá pra resolver TUDO AO MESMO TEMPO, mas DÁ PRA RESOLVER QUASE TUDO (espero rs). Não te digo que a lista um dia irá terminar, sempre existem coisas novas a ser feitas, mas ao menos não vão ficando esses "remendos" pelo caminho (tanto na vida quanto nas outras coisas..). E não digo que seja fácil também, eu deveria agora estar fazendo minha lista, mas né..
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirÉ verdade! Fácil não é não! Tem aqueles dias que vc olha e parece que tudo vai saltar em cima de vc. rs
Mas concordo contigo plenamente! Listas são excelentes recursos pra nós! É visual e temos algum eixo pra não nos perdermos completamente, né?
Vou começar minha lista hoje! E boa sorte com a sua! hehehehhehe
Obrigada pela participação!
Grande abraço!
Ana
Por que , Ana, por quê?
ResponderExcluirVc falou um negócio muito importante, nós vemos o problema, detectamos, mas mudamos de foco e aquilo fica ali eternamente.
Aqui em casa tenho mais ou menos umas centesmil coisas pra arrumar e lá vão ficando.
Que coisa, né, muito chata.
Abração
Alexandre
Pois é Alexandre, to pensando em comprar um mega fone e gritar comigo mesma viu! rs
ExcluirE vamo que vamo!!!
Abração!