Sei, sei, sei que a vida deve ser
vivida em equilíbrio e a busca dele é o que deveria guiar um ser humano de bem
(e não estúpido). Ter o peito sempre aberto só explica a relação íntima entre
ele e o desfibrilador.
Viver em uma grande metrópole gera
algumas preocupações: garantir que ainda exista céu por entre os blocos de
concreto, não ser atropelado por motoqueiros ou morto com uma baforada de
diesel dos caminhões, sobreviver entre amontoados de carros, faróis, barulho,
vitrines em liquidação e por aí vai...
As pessoas, buscando novidades que
sirvam de combustível para continuarem ativas, vivem um eterno “e agora...” e
descobrem o poder esmigalhador do “exatamente igual”.
Volto a pensar em Drummond: "As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase." Ênfase. Paixão mesmo, visceral, que enche os pulmões de ar e que alguns conseguem divisar nas pequeníssimas
coisas, soltas por aí, camufladas: num cheiro, numa melodia, num gosto, num
lugar ou até... em certos versos:
Sim, todo
amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver"
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver"
Amor de Índio
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